É que tudo o que se quer é apenas ser, e deixar claro tudo o que há em nós, quando nos atinge o ter nascido sem entender o para quê de tantas falsas situações. É que quem decide deixar em aberto todas as opções possíveis acaba por nunca tirar o pijama, numa estranha forma de seguir a vida mais semelhante a uma hibernação, a uma latência de espírito. Como que a ver o que o tempo faz por mim, primo pela espera desarmada, pela luta por algo mais puro, não tão longe daquele fundo a que queria chegar. Mas nunca dá para dar a volta, quebra-me a condição sabê-lo e custa até já ouvir-me só querer mudar as coisas. É uma queda à espera que me nasçam asas. Fica-se com tudo para dar. E ainda que se vá morar para outras ideias e sensações, nunca se fecha a porta à chave das antigas, nessa determinação esparsa de manter uma identidade: como o querer ficar, o querer subir, o alimentar paixões desmedidas, o acender a luz, o dar o meu sal,
o ser e andar pela rua como as correntes de ar... E para quê? Que quem tem este mesmo mal de não saber amar sabe como é triste o fim ser igual, irreal, o denominador comum das histórias, sempre fora da hora, sempre a hemorragia, sempre traído pela própria devoção à verdade do coração… Deve ser crime e castigo, culpa e sentença, o mundo tem ao menos esse sentido – da causa e efeito… ou não.
Seja como for acolho então esta forma de estar, em que me sinto impreparado para a própria
existência, fechado para obras… Aprender. Não vou contrariar, mas também não vou sugerir, para
não encher copos sem fundo, cultivando os prazeres simples da vida. Só quero vontade de sorrir
quando olho pela janela…
E chega, vou parar para dormir, mas antes:
**pluto - entre nós**
“Tal como o pássaro tem de voar para ser o que é
Teu homem tem de viver se desejas saber quem é
Fácil como voar, mas demora o tempo que for, é o tempo que tens
Para mudar, mas demora o tempo que tens”
(…)
E uma coisa engraçada que vi na bertrand: Hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!
(isto sim era o que eu queria dizer ^_^)